Saudações nobres companheiros e amigos. Publicamos algumas reportagens da imprensa sobre o movimento dos professores estaduais do Estado do Ceará. Observem a maneira fria e descompromissada como o assunto é tratado. Mais atenção ainda para as declarações do governador CID GOMES, da secretária IZOLDA CELA e dos digníssimos deputados estaduais. É uma vergonha. E também fica claro a distorção da informações.
Greve não é prioridade na comissão de Educação
Publicado em 3 de outubro de 2011
Deputados estaduais que formam o colegiado na Assembleia afirmam que estão ocupados com outros debates na Casa
A greve dos professores estaduais do Ceará parece distante do fim. Desde o início de agosto, a categoria decidiu pela paralisação por não aceitar o salário de R$ 1.187,97, proposto pelo Governo do Estado. A decisão dos professores afeta 487 mil estudantes que pertencem à rede estadual de ensino formada por 660 escolas. Até agora, o assunto ainda não foi debatido na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
Foi à Assembleia que os professores recorreram algumas vezes para que fosse reaberto o canal de negociação com o governador do Estado, Cid Gomes (PSB). Na última quinta-feira, dia 29, a categoria lotou as dependências do Legislativo cearense manifestando-se contrária à mensagem enviada pelo Executivo criando nova tabela de vencimentos para os profissionais de nível médio. Apesar dos apelos e do tumulto a matéria foi aprovada. Um dia depois, na sexta-feira, dia 30, os professores decidiram, após uma reunião ocorrida na Avenida Desembargador Moreira, em frente à Assembleia Legislativa, por continuar a paralisação, o que significa que os estudantes de escolas públicas do Estado já somam quase dois meses sem aula.
A Comissão de Educação da Assembleia, responsável por discutir "assuntos atinentes à educação em geral", conforme dita o artigo 48 do Regimento Interno da Casa, ainda não se reuniu para debater o problema. Quando a greve dos profissionais do magistério completou um mês, o Diário do Nordeste publicou uma matéria mostrando que o assunto ainda não tinha sido abordado no colegiado.
Mudança
Passados quase 30 dias, não houve mudança. O colegiado continua sem abordar o tema. A deputada Bethrose (PRP), que assumiu a presidência da comissão, durante a licença da deputada Rachel Marques (PT), alega que tentou reunir o colegiado algumas vezes, mas afirma que foi difícil haver quórum para debater os assuntos do grupo. Conforme a parlamentar, a comissão recebeu um ofício, na semana passada, do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), pedindo a realização de uma audiência pública para discutir a valorização do magistério. Mas de acordo com a parlamentar o pedido não pode ser apreciado pela comissão por falta dos membros do grupo que não participaram da reunião ordinária marcada para ocorrer sempre às terças-feiras, às 14h30.
Bethrose disse ter tido dificuldade para reunir os membros da Comissão de Educação formada por sete membros. Além de Bethrose e Rachel Marques, compõem o grupo os deputados: José Teodoro (PSDB), Dedé Teixeira (PT), Júlio César Filho (PTN), Inês Arruda (PMDB) e Manoel Duca (PRB). Os deputados estaduais Professor Teodoro e Dedé Teixeira admitiriam estar afastados dos trabalhos da comissão de Educação. No caso do tucano, o motivo para isso é o fato de estar atarefado com outras atividades na Assembleia, como a coordenação de duas subcomissões. Dedé Teixeira também apresentou a mesma razão: vem se dedicando a debates sobre outros assuntos, como a Reforma Política e a Caatinga.
Sozinha
A deputada Bethrose pondera que, sozinha, não poderia tomar as decisões pela comissão de Educação, que deve decidir com os seus membros, os debates e ações a serem realizados. Além do prejuízo da falta de discussão sobre o problema da greve dos professores da rede pública de ensino do Estado, a deputada estadual, que preside o colegiado no momento, aponta que o colegiado possui muitos projetos acumulados que ainda não foram apreciados por falta de quórum. A licença de 120 dias tirada pela deputada estadual Rachel Marques, por motivo de saúde, terminou na última sexta-feira. Nesse dia não houve sessão, devido ao tumulto do dia anterior quando a Casa aprovou mensagem do Governo que desagradou os professores. Portanto, a petista deve retomar suas atividades nesta semana, dentre elas a presidência da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
Por que professores e governo não se entendem
FORTALEZA, SEGUNDA, 3 DE OUTUBRO DE 2011
Professores querem não apenas a aplicação da lei do piso para quem recebe abaixo do valor mínimo. Querem que o mesmo reajuste para todos os níveis da carreira. Governo considera reivindicação "fora da realidade"
O confronto físico entre professores estaduais e o Batalhão de Choque da Polícia Militar, ocorrido na última quinta-feira, tem como contexto conflito de interesses que não parece estar perto de ser resolvido. Isso porque a principal reivindicação dos professores é considerada “completamente fora da realidade possível”, conforme explicou a secretária de Educação do Ceará, Izolda Cela.
Desde o início das discussões entre governo e professores, o Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) bate na mesma tecla: quer a implantação do piso nacional dos professores no valor de R$ 1.587 para a carreira inicial de professores com nível médio de formação, tendo as demais categorias – inclusive aqueles com graduação e pós-graduação - o mesmo percentual de reajuste aplicado no início da tabela. “O que nós requeremos é a repercussão da lei do piso em toda a carreira dos professores e não apenas para um grupo, pois a lei do piso não foi criada apenas para uma categoria de nível médio”, explica o professor Reginaldo Pinheiro, vice-presidente da Apeoc.
Tal proposta, porém, aumentaria em 170% os gastos do Governo do Estado com a folha de pagamento dos docentes, de acordo com informações da Secretaria de Educação (Seduc). “É muito fácil acusar o governo quando não se considera um dado da realidade que é o orçamento público. O governo não tem como inventar dinheiro”, diz Izolda Cela, apontando a impossibilidade de o governo de atender o que pede o sindicato.
Falta de acordo
Há desentendimento, ainda, em relação ao valor do piso. O governo, por exemplo, considera o valor estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) - de R$ 1.187. Mas a Apeoc considera que o piso deve ser de R$ 1.587, seguindo cálculo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em julho, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), apresentou proposta aos professores - mas esta foi rejeitada pela categoria, que não se sentiu contemplada com a oferta. O governo, posteriormente, retirou a proposta de pauta e ofereceu aos professores - que já estavam em greve - a possibilidade de construírem por conta própria um projeto viável, dentro do orçamento estadual. Mesmo assim, a categoria continuou em greve, reivindicando a aplicação do piso da forma como consideram necessária.
Hoje, segundo Izolda, o governo espera o fim da greve para iniciar negociações “do zero” e construir propostas para o reajuste da tabela de vencimento e demais pontos de pauta.
Por quê - ENTENDA A NOTÍCIA
A principal reivindicação do Sindicato Apeoc é considerada impraticável pelo Governo do Estado. Atualmente, o Estado não tem uma proposta consolidada para os professores e espera o fim da greve para abrir a negociação.
Entenda o impasse
Depois de aplicar piso de R$ 1.187 para professores com nível médio, o Governo ainda não apresentou nova proposta para o restante do professores - que representam a maioria. Entenda as principais reivindicações dos docentes e a resposta do Governo
1/3 Fora da sala - Professores querem:
A reivindicação do sindicado Apeoc é destinar um terço da carga horária total para atividades extraclasse, como determina a lei do piso.
O que diz o governo:
Nas últimas negociações antes do momento de acentuada violência na última quinta-feira, o líder do governo na Assembleia, Antônio Carlos (PT), anunciou que o governo aceita conceder um terço da carga horária para atividades extraclasse, desde que a implantação seja feita de modo escalonado. Cid prometeu concurso para o próximo ano.
Lei do piso - Professores querem: O sindicato Apeoc cobra piso salarial de R$ 1.587 para o início da carreira do nível médio, com mesmo índice de reajuste em todos os outros níveis de carreira.
O que diz o governo: O governo avisa que a ideia está fora dos padrões orçamentários, pois causaria aumento de 170% no custo da folha de pagamento dos docentes do Ceará. A secretária da Educação, Izolda Cela, informou que, diante da necessidade urgente de cumprir a lei do piso, o Governo precisava enviar e aprovar proposta que reajustasse pelos menos a tabela dos docentes de nível médio. A mensagem foi aprovada na última quinta-feira pela Assembleia Legislativa. A partir de então, tem prazo de 15 dias para ser sancionada ou vetada pelo governador Cid Gomes. Para os professores, a mensagem criou duas tabelas - uma para ensino médio e outra para graduação e pós-graduação - e, com isso, “destruiu” a carreira.
Professores querem: A categoria deseja a manutenção da progressão anual, com promoção e aumento salarial.
O que diz o governo: Lei aprovada aumentou para dois anos a progressão para o pessoal de ensino médio, mas, segundo Izolda Cela, abriu oportunidade para todos os professores atingirem o nível máximo da carreira - o que não ocorria anteriormente, pois exigia pós-graduação para tal.
Elevação no adicional pago sobre o salário-base como gratificação por regência de classe.
O que diz o governo:
Mensagem aprovada na última quinta-feira fixou em R$ 118,70 a regência de classe. A lei vale apara apenas 130 professores de nível médio, segundo Izolda Cela. Para os demais docentes, a negociação ainda está por acontecer.
Professores em greve no Ceará protestam contra choque com a PM
Fonte: g1.globo.com/ceara/noticia/2011/10/
Dois professores grevistas se feriram em choque com a PM na quinta (29).
Professores protestam contra piso aprovado na Assembleia Legislativa.
Professores da rede estadual do Ceará, em greve há dois meses, realizaram na tarde desta segunda-feira (3) uma passeata da Assembleia Legislativa do Estado ao Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado. O percurso tem 800 metros e foi um protesto contra o conflito realizado entre professores e policiais militares na quinta-feira (29), na Assembleia, em que dois professores ficaram feridos. Na ocasião, o presidente da Assembleia, deputado Roberto Cláudio (PSB), disse que a força policial foi usada para garantir a segurança de parlamentares e professores e para evitar uma possível depredação do prédio público. Nenhum representante do Governo do Estado se manifestou a respeito do protesto realizado nesta segunda-feira.
O ato realizado nesta segunda-feira reuniu cerca de dois mil manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, entre professores, alunos das redes estadual e municipal e de escolas privadas. “A greve está prejudicando os alunos da rede pública e é injusto que os alunos não concorram no mesmo nível dos alunos das escolas privadas”, diz o aluno de escola particular Luiz Henrique, de 18 anos.
Cerca de 80 policiais do Batalhão de Choque estiveram presentes para trabalhar na segurança do local. O entorno do Palácio da Abolição também teve trânsito bloqueado e a Autarquia Municipal de Trânsito fez os desvios na região. O entorno da sede do Poder Executivo estadual é território de segurança permanente desde do dia 25 de agosto deste ano e garante ao Governo o poder de controlar o trânsito na área.
Piso Os manifestantes fizeram uso de um caminhão com equipamento de som e vários manifestantes protestaram contra a aprovação da matéria que reajusta o piso dos professores do estado na última quinta-feira. A matéria concede o piso para professores com ensino médio de R$ 1.187. Pela lei, de acordo com o presidente do sindicato dos professores, Anízio Melo, professores graduados deveriam receber 60% a mais que o piso de professores com ensino médio. Mas, alega, atualmente recebem 23% a mais.
Alunos fizeram uma queimada simbólica de uma cópia da mensagem do Executivo aprovada na Assembleia Legislativa. Para esta terça-feira (4), está prevista uma reunião do governador Cid Gomes (PSB) com dirigentes do sindicato dos professores. Segundo Anízio Melo, os principais pontos de reivindicação são o pedido para revogar a matéria aprovada na Assembleia e a reabertura de diálogo com a categoria para pedir alterações no piso dos professores estaduais.
Extrema-esquerda barra fim da greve de professores no Ceará
Fonte:ultimosegundo.ig.com.br/educacao/n1597246744461.html
Daniel Aderaldo, iG Ceará | 28/09/2011 17:58
Sindicato e governo do Estado chegaram a um acordo, mas grupos impedem a volta às aulas
O Sindicato dos Professores do Ceará do Ceará (Apeoc) perdeu o controle da greve que já dura 55 dias. A categoria está dividida e a direção da entidade acusa movimentos sociais, partidos e grupos de extrema-esquerda de atrapalhar a negociação com o governo do Estado. “Uma luta da categoria deve ser conduzida pela categoria", disse à reportagem do iG o presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo.
Desde que a greve dos professores da rede estadual foi deflagrada há 55 dias, o movimento ganhou o apoio de militantes do PSol, do PSTU, do movimento estudantil e do grupo de extrema-esquerda Crítica Radical. Durante as assembleias da categoria, protestos e até reuniões do comando de greve com o governo, a presença e participação de integrantes desses segmentos se tornou constante.
Agora, a direção do sindicato está incomodada com o nível de participação desses grupos. "A nossa greve teve uma amplitude muito forte e atraiu alguns interesses que nós não concordamos com eles, porque são alheios à nossa luta. Nós entendemos que o apoio e a solidariedade devem existir, mas o comando da greve deve ser feito pelos educadores e educadoras por meio da sua entidade oficial", afirmou Anízio Melo.
Depois de duas semanas sem avanço nas negociações, o comando de greve foi recebido pelo governador Cid Gomes (PSB) na última quinta-feira (22). Cid prometeu apresentar tabelas de reajuste no prazo de até 30 dias e realizar concurso público para professor em 2012, desde que os professores voltassem às aulas. Na sexta-feira (23), a categoria mostrou que está dividida e decidiu manter a paralisação, ao contrário do que encaminhou a direção do sindicatio - que defendia a suspensão da greve, diante das novas propostas do governo. "No dia da assembleia havia carros de sons alheios à nossa luta combatendo a direção do sindicato, e não em defesa da categoria. Carros de som atacando partidos e atacando governos para ganhar espaço. Isso traz prejuízos”, avaliou o sindicalista.
Membros do grupo Crítica Radical: a greve é dos professores, mas eles estão interessados mesmo em algo que "transcenda a mera reivindicação salarial"
Nesta quarta-feira (28), durante o terceiro protesto realizado na Assembleia Legislativa somente no mês de setembro a favor dos professores, das mais de 300 pessoas que ocuparam o prédio do legislativo, boa parte estava sob o comando da Crítica Radical, e não do sindicato dos professores. A ex-vereadora de Fortaleza, Rosa da Fonseca, propôs aos manifestantes acampar na Assembleia. E alguns professores iniciaram uma greve de fome.
Parte inferior do formulário
O iG ouviu a ex-prefeita de Fortaleza eleita pelo PT, e integrante do movimento Crítica Radical, Maria Luiza Fontenele. Ela discordou que essa participação cause estragos. Mais do que isso, na visão dela, essa interferência é necessária. “Os instrumentos usados pela luta sindical hoje estão meio esgotados. Você tem que entrar numa perspectiva cada vez mais ampla. Então há que se entender que você tem que ter na perspectiva de luta algo que transcenda a mera reivindicação salarial”, diz ela.
O vereador de Fortaleza, João Alfredo (PSol), disse que “estranhou” a declaração do presidente do sindicato dos professores. "Só falo quando me é dado e a palavra e não digo que a greve deve continuar ou parar. O que pode haver é uma coincidência da posição do PSTU, PSOL e Crítica Radical em relação ao sentimento da categoria”, defendeu.
Para o líder do governo na Assembleia, Antonio Carlos (PT), o apoio desses movimentos é legitimo. Contudo, ele reconhece que em alguns momentos esses “atores externos” podem causar algum ruído na comunicação entre grevistas e governo. “Quando um segmento, que é uma organização, seja partidária ou não, vai para o comando de greve pelo seu peso ideológico e não pelo lastro real que tem na categoria, a representação fica destorcida”.
Estudantes e professores invadem Assembleia do Ceará
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ce/n1597189515661.html
Rede estadual está em greve há 27 dias. Durante invasão, paredes foram pichadas e policial foi agredido
Cerca de 1,5 mil alunos e professores da rede estadual de ensino invadiram a Assembleia Legislativa do Ceará na manhã desta quinta-feira, 1°. Com mais pessoas do que o local tem capacidade para suportar, houve tumulto. Um policial foi agredido, paredes foram pichadas, o batalhão de choque foi acionado e a sessão plenária foi suspensa.
Com faixas, apitos e até uma banda marcial escolar, os manifestantes cobravam dos deputados participação no processo de negociação entre professores e governo do Ceará - a rede estadual de ensino está em greve há 27 dias.
A multidão chegou à Assembleia por volta das 11 horas. Em alguns minutos, corredores, escadas e o hall que dá acesso ao plenário já estavam completamente ocupados. A maioria dos manifestantes era formada por estudantes. Além dos professores, havia também militantes do PSOL, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Com gritos de “alunos na rua, Cid a culpa é sua”, os estudantes se concentraram na entrada do plenário. Houve troca de insultos com os policiais militares que fazem a guarda da Assembleia Legislativa. A agressão verbal passou a física quando um policial foi derrubado e teve seu cassetete tirado das mãos. O batalhão de choque precisou ser chamado para conter a multidão. Os corredores onde ficam os gabinetes dos parlamentares tiveram as paredes pichadas de vermelho com os dizeres “educação já”. Um dos professores, integrante do comando de greve, admitiu que era difícil conter tantos adolescentes.
“Nós não concordamos com nenhuma dilapidação, nenhuma forma de agredir o patrimônio público. Somos professores e estudantes e sabemos que tudo que é público tem que ser preservado”, afirmou o presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízimo Melo. O sindicalista lamentou ainda a força policial que foi acionada diante do protesto. “Discordamos, com muita ênfase, da necessidade da tropa de choque para receber o nosso movimento. Achamos que temos que aprender com a lição que compressão e qualquer tipo de agressão não resolve nada, principalmente na educação”.
O presidente em exercício da Assembleia, deputado Tin Gomes (PSB), argumentou que o batalhão de choque foi chamado para evitar que o plenário fosse invadido. “Nenhuma pessoa que respeite a sala de aula entra em uma sala sem o professor permitir”, comparou. O parlamentar informou ainda que a Casa irá tomar providências para identificar os autores das pichações e agressões.
Negociações
Uma comissão de professores foi recebida pelos deputados e o líder do governo, Antonio Carlos (PT), se comprometeu em agendar uma nova rodada de negociação com o executivo.
A categoria se reuniu pela última vez com o governador Cid Gomes (PSB) no último dia 25 de agosto. Do encontro saiu uma ata que iria ser protocolada no Ministério Público do Trabalho em forma de um termo de ajustamento de conduta (TAC) – tipo de medida extrajudicial para resolução de conflitos.
Os professores, contudo, foram surpreendidos com a greve sendo decretada ilegal pela Justiça à pedido do governo. Isso irritou a categoria, que resolveu manter a paralisação. Do outro lado, Cid Gomes afirmou que só negocia com o fim da greve.
Professor deve trabalhar por amor, não por dinheiro, diz Cid
Governador do Ceará critica professores da rede estadual, em greve há 24 dias, e diz que quem quer dinheiro deve procurar outra atividade.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ce/n1597184673225.html
Daniel Aderaldo, iG Ceará | 29/08/2011 21:07
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), mandou um recado nesta segunda-feira (29) para os professores da rede estadual de ensino em greve há 24 dias - eles querem aumento de salário. Para ele, quem desenvolve atividade pública deve colocar o amor pelo que faz na frente do retorno financeiro. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”, disse o governador.
A afirmação já havia sido atribuída a Cid Gomes por professores que participaram de uma negociação pelo fim da greve. Há uma semana o governador teria dito. “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado".
“ Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública"
A imprensa pediu um “tira-teima” e Cid disse praticamente a mesma coisa, mas de uma forma mais branda.
“Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público”, declarou. "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública”, completou.
O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) diz que o governo do Ceará não cumpre a Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. A categoria quer a aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.