quinta-feira, 20 de outubro de 2011

DEPUTADA ESTADUAL PATRÍCIA SABOYA REVELA SEU COMPORTAMENTO CHULO. FAZ CARETAS E " DÁ LINGUA PARA OS PROFESSORES"!

Como se não bastassem as agressões físicas e morais sofridas pelos professores do Estado do Ceará a mando do governador CID GOMES  e dos deputados estaduais, tem-se agora as atitudes chulas, medíocres e desprezíveis da senhora deputada estadual Patrícia Saboya ( se é que podemos chamar esta coisa de senhora).
No dia dos professores, agora, 15 de outubro último, durante uma passeata na Av. Beira Mar, os mestres ''dão de cara'' ( e que cara) com a deputada estadual Patrícia Sabóya. Este ser ignóbil estava com amigos em um luxuoso restaurante, atrás de uma vidraça. Ao vê-la os professores começam a entoar palavras de ordem em protesto, pois a referida deputada, dias atrás, havia votado a favor de um projeto do governador CID GOMES que DESTRÓI a carrreia profissional dos professores da rede esdadual. Esta "coisa" inicia sua performance de obscenidades. Começa distribuindo beijinhos de maneira ironica e debochada e em seguida com uma cara bizarra digna dos filmes de terror começa a " da língua" isso mesmo, mostra a língua e faz caretas para os professores que em nenhum momento reproduziram esta atitude deplorável da deputada, infelizmente eleita.
Tudo foi filmado. As imagens falam por sí. VEJAM!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nobres amigos e gente de bem, é esse tipo de ser que está na Assembléia Legislativa. E iguais a ela tem mais 43. Manchando o poder legislativo que é tão importante para uma democracia. 
Divulguem, comentem, orientem a sociedade a expurgar esses seres nefastos na vida pública.

domingo, 16 de outubro de 2011

PROFESSORES - QUEM, OU O QUE SÃO ESSES INDIVÍDUOS?

Neste mês de outubro, dizem que é comemorado o dia dos professores. Isso mesmo, dia 15, sábado último. Aqui no estado do Ceará temos pouco ou quase nada para comemorar. Com um governo tirano como o do Sr. CID GOMES, é muito difícil sentir-se bem. Mas, independente deste ser e de seus lacaios (deputados estaduais), os professores seguem absolutos em dignidade e honra. Semeadores de sonhos e perseguidores de uma sociedade mais justa.
O vídeo abaixo, mostra um pouco dessa magnitude. Assista e se emocione. Será que faz você lembrar algum professor seu?
Faça sua homenagem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ESPANCAMENTO COVARDE. É ASSIM QUE O GOVERNADOR CID GOMES, A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E A POLÍCIA MILITAR TRATAM OS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA.


Saudações nobres companheiros e amigos. Publicamos algumas reportagens da imprensa sobre o movimento dos professores estaduais do Estado do Ceará. Observem a maneira fria e descompromissada como o assunto é tratado. Mais atenção ainda para as declarações do governador CID GOMES, da secretária IZOLDA CELA e dos digníssimos deputados estaduais. É uma vergonha. E também fica claro a distorção da informações.

Greve não é prioridade na comissão de Educação
Publicado em 3 de outubro de 2011
Deputados estaduais que formam o colegiado na Assembleia afirmam que estão ocupados com outros debates na Casa
A greve dos professores estaduais do Ceará parece distante do fim. Desde o início de agosto, a categoria decidiu pela paralisação por não aceitar o salário de R$ 1.187,97, proposto pelo Governo do Estado. A decisão dos professores afeta 487 mil estudantes que pertencem à rede estadual de ensino formada por 660 escolas. Até agora, o assunto ainda não foi debatido na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
Foi à Assembleia que os professores recorreram algumas vezes para que fosse reaberto o canal de negociação com o governador do Estado, Cid Gomes (PSB). Na última quinta-feira, dia 29, a categoria lotou as dependências do Legislativo cearense manifestando-se contrária à mensagem enviada pelo Executivo criando nova tabela de vencimentos para os profissionais de nível médio. Apesar dos apelos e do tumulto a matéria foi aprovada. Um dia depois, na sexta-feira, dia 30, os professores decidiram, após uma reunião ocorrida na Avenida Desembargador Moreira, em frente à Assembleia Legislativa, por continuar a paralisação, o que significa que os estudantes de escolas públicas do Estado já somam quase dois meses sem aula.
A Comissão de Educação da Assembleia, responsável por discutir "assuntos atinentes à educação em geral", conforme dita o artigo 48 do Regimento Interno da Casa, ainda não se reuniu para debater o problema. Quando a greve dos profissionais do magistério completou um mês, o Diário do Nordeste publicou uma matéria mostrando que o assunto ainda não tinha sido abordado no colegiado.
Mudança
Passados quase 30 dias, não houve mudança. O colegiado continua sem abordar o tema. A deputada Bethrose (PRP), que assumiu a presidência da comissão, durante a licença da deputada Rachel Marques (PT), alega que tentou reunir o colegiado algumas vezes, mas afirma que foi difícil haver quórum para debater os assuntos do grupo. Conforme a parlamentar, a comissão recebeu um ofício, na semana passada, do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), pedindo a realização de uma audiência pública para discutir a valorização do magistério. Mas de acordo com a parlamentar o pedido não pode ser apreciado pela comissão por falta dos membros do grupo que não participaram da reunião ordinária marcada para ocorrer sempre às terças-feiras, às 14h30.
Bethrose disse ter tido dificuldade para reunir os membros da Comissão de Educação formada por sete membros. Além de Bethrose e Rachel Marques, compõem o grupo os deputados: José Teodoro (PSDB), Dedé Teixeira (PT), Júlio César Filho (PTN), Inês Arruda (PMDB) e Manoel Duca (PRB). Os deputados estaduais Professor Teodoro e Dedé Teixeira admitiriam estar afastados dos trabalhos da comissão de Educação. No caso do tucano, o motivo para isso é o fato de estar atarefado com outras atividades na Assembleia, como a coordenação de duas subcomissões. Dedé Teixeira também apresentou a mesma razão: vem se dedicando a debates sobre outros assuntos, como a Reforma Política e a Caatinga.
Sozinha

A deputada Bethrose pondera que, sozinha, não poderia tomar as decisões pela comissão de Educação, que deve decidir com os seus membros, os debates e ações a serem realizados. Além do prejuízo da falta de discussão sobre o problema da greve dos professores da rede pública de ensino do Estado, a deputada estadual, que preside o colegiado no momento, aponta que o colegiado possui muitos projetos acumulados que ainda não foram apreciados por falta de quórum. A licença de 120 dias tirada pela deputada estadual Rachel Marques, por motivo de saúde, terminou na última sexta-feira. Nesse dia não houve sessão, devido ao tumulto do dia anterior quando a Casa aprovou mensagem do Governo que desagradou os professores. Portanto, a petista deve retomar suas atividades nesta semana, dentre elas a presidência da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
Por que professores e governo não se entendem
FORTALEZA, SEGUNDA, 3 DE OUTUBRO DE 2011
Professores querem não apenas a aplicação da lei do piso para quem recebe abaixo do valor mínimo. Querem que o mesmo reajuste para todos os níveis da carreira. Governo considera reivindicação "fora da realidade"
O confronto físico entre professores estaduais e o Batalhão de Choque da Polícia Militar, ocorrido na última quinta-feira, tem como contexto conflito de interesses que não parece estar perto de ser resolvido. Isso porque a principal reivindicação dos professores é considerada “completamente fora da realidade possível”, conforme explicou a secretária de Educação do Ceará, Izolda Cela.
Desde o início das discussões entre governo e professores, o Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) bate na mesma tecla: quer a implantação do piso nacional dos professores no valor de R$ 1.587 para a carreira inicial de professores com nível médio de formação, tendo as demais categorias – inclusive aqueles com graduação e pós-graduação - o mesmo percentual de reajuste aplicado no início da tabela. “O que nós requeremos é a repercussão da lei do piso em toda a carreira dos professores e não apenas para um grupo, pois a lei do piso não foi criada apenas para uma categoria de nível médio”, explica o professor Reginaldo Pinheiro, vice-presidente da Apeoc.
Tal proposta, porém, aumentaria em 170% os gastos do Governo do Estado com a folha de pagamento dos docentes, de acordo com informações da Secretaria de Educação (Seduc). “É muito fácil acusar o governo quando não se considera um dado da realidade que é o orçamento público. O governo não tem como inventar dinheiro”, diz Izolda Cela, apontando a impossibilidade de o governo de atender o que pede o sindicato.
Falta de acordo
Há desentendimento, ainda, em relação ao valor do piso. O governo, por exemplo, considera o valor estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) - de R$ 1.187. Mas a Apeoc considera que o piso deve ser de R$ 1.587, seguindo cálculo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em julho, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), apresentou proposta aos professores - mas esta foi rejeitada pela categoria, que não se sentiu contemplada com a oferta. O governo, posteriormente, retirou a proposta de pauta e ofereceu aos professores - que já estavam em greve - a possibilidade de construírem por conta própria um projeto viável, dentro do orçamento estadual. Mesmo assim, a categoria continuou em greve, reivindicando a aplicação do piso da forma como consideram necessária.
Hoje, segundo Izolda, o governo espera o fim da greve para iniciar negociações “do zero” e construir propostas para o reajuste da tabela de vencimento e demais pontos de pauta.
Por quê - ENTENDA A NOTÍCIA
A principal reivindicação do Sindicato Apeoc é considerada impraticável pelo Governo do Estado. Atualmente, o Estado não tem uma proposta consolidada para os professores e espera o fim da greve para abrir a negociação.
Entenda o impasse
Depois de aplicar piso de R$ 1.187 para professores com nível médio, o Governo ainda não apresentou nova proposta para o restante do professores - que representam a maioria. Entenda as principais reivindicações dos docentes e a resposta do Governo
1/3 Fora da sala - Professores querem:
A reivindicação do sindicado Apeoc é destinar um terço da carga horária total para atividades extraclasse, como determina a lei do piso.
O que diz o governo:
Nas últimas negociações antes do momento de acentuada violência na última quinta-feira, o líder do governo na Assembleia, Antônio Carlos (PT), anunciou que o governo aceita conceder um terço da carga horária para atividades extraclasse, desde que a implantação seja feita de modo escalonado. Cid prometeu concurso para o próximo ano.
Lei do piso - Professores querem: O sindicato Apeoc cobra piso salarial de R$ 1.587 para o início da carreira do nível médio, com mesmo índice de reajuste em todos os outros níveis de carreira.
O que diz o governo:  O governo avisa que a ideia está fora dos padrões orçamentários, pois causaria aumento de 170% no custo da folha de pagamento dos docentes do Ceará. A secretária da Educação, Izolda Cela, informou que, diante da necessidade urgente de cumprir a lei do piso, o Governo precisava enviar e aprovar proposta que reajustasse pelos menos a tabela dos docentes de nível médio. A mensagem foi aprovada na última quinta-feira pela Assembleia Legislativa. A partir de então, tem prazo de 15 dias para ser sancionada ou vetada pelo governador Cid Gomes. Para os professores, a mensagem criou duas tabelas - uma para ensino médio e outra para graduação e pós-graduação - e, com isso, “destruiu” a carreira.
Professores querem: A categoria deseja a manutenção da progressão anual, com promoção e aumento salarial.
O que diz o governo: Lei aprovada aumentou para dois anos a progressão para o pessoal de ensino médio, mas, segundo Izolda Cela, abriu oportunidade para todos os professores atingirem o nível máximo da carreira - o que não ocorria anteriormente, pois exigia pós-graduação para tal.
Elevação no adicional pago sobre o salário-base como gratificação por regência de classe.
O que diz o governo:
Mensagem aprovada na última quinta-feira fixou em R$ 118,70 a regência de classe. A lei vale apara apenas 130 professores de nível médio, segundo Izolda Cela. Para os demais docentes, a negociação ainda está por acontecer.






Professores em greve no Ceará protestam contra choque com a PM

Fonte: g1.globo.com/ceara/noticia/2011/10/
Dois professores grevistas se feriram em choque com a PM na quinta (29).
Professores protestam contra piso aprovado na Assembleia Legislativa.
Professores da rede estadual do Ceará, em greve há dois meses, realizaram na tarde desta segunda-feira (3) uma passeata da Assembleia Legislativa do Estado ao Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado. O percurso tem 800 metros e foi um protesto contra o conflito realizado entre professores e policiais militares na quinta-feira (29), na Assembleia, em que dois professores ficaram feridos. Na ocasião, o presidente da Assembleia, deputado Roberto Cláudio (PSB), disse que a força policial foi usada para garantir a segurança de parlamentares e professores e para evitar uma possível depredação do prédio público. Nenhum representante do Governo do Estado se manifestou a respeito do protesto realizado nesta segunda-feira.
O ato realizado nesta segunda-feira reuniu cerca de dois mil manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, entre professores, alunos das redes estadual e municipal e de escolas privadas. “A greve está prejudicando os alunos da rede pública e é injusto que os alunos não concorram no mesmo nível dos alunos das escolas privadas”, diz o aluno de escola particular Luiz Henrique, de 18 anos.
Cerca de 80 policiais do Batalhão de Choque estiveram presentes para trabalhar na segurança do local. O entorno do Palácio da Abolição também teve trânsito bloqueado e a Autarquia Municipal de Trânsito fez os desvios na região. O entorno da sede do Poder Executivo estadual é território de segurança permanente desde do dia 25 de agosto deste ano e garante ao Governo o poder de controlar o trânsito na área.
Piso Os manifestantes fizeram uso de um caminhão com equipamento de som e vários manifestantes protestaram contra a aprovação da matéria que reajusta o piso dos professores do estado na última quinta-feira. A matéria concede o piso para professores com ensino médio de R$ 1.187. Pela lei, de acordo com o presidente do sindicato dos professores, Anízio Melo, professores graduados deveriam receber 60% a mais que o piso de professores com ensino médio. Mas, alega, atualmente recebem 23% a mais.
Alunos fizeram uma queimada simbólica de uma cópia da mensagem do Executivo aprovada na Assembleia Legislativa. Para esta terça-feira (4), está prevista uma reunião do governador Cid Gomes (PSB) com dirigentes do sindicato dos professores. Segundo Anízio Melo, os principais pontos de reivindicação são o pedido para revogar a matéria aprovada na Assembleia e a reabertura de diálogo com a categoria para pedir alterações no piso dos professores estaduais.

Extrema-esquerda barra fim da greve de professores no Ceará
Fonte:ultimosegundo.ig.com.br/educacao/n1597246744461.html
Daniel Aderaldo, iG Ceará | 28/09/2011 17:58
Sindicato e governo do Estado chegaram a um acordo, mas grupos impedem a volta às aulas
 O Sindicato dos Professores do Ceará do Ceará (Apeoc) perdeu o controle da greve que já dura 55 dias. A categoria está dividida e a direção da entidade acusa movimentos sociais, partidos e grupos de extrema-esquerda de atrapalhar a negociação com o governo do Estado. “Uma luta da categoria deve ser conduzida pela categoria", disse à reportagem do iG o presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo.
Desde que a greve dos professores da rede estadual foi deflagrada há 55 dias, o movimento ganhou o apoio de militantes do PSol, do PSTU, do movimento estudantil e do grupo de extrema-esquerda Crítica Radical. Durante as assembleias da categoria, protestos e até reuniões do comando de greve com o governo, a presença e participação de integrantes desses segmentos se tornou constante.
Agora, a direção do sindicato está incomodada com o nível de participação desses grupos. "A nossa greve teve uma amplitude muito forte e atraiu alguns interesses que nós não concordamos com eles, porque são alheios à nossa luta. Nós entendemos que o apoio e a solidariedade devem existir, mas o comando da greve deve ser feito pelos educadores e educadoras por meio da sua entidade oficial", afirmou Anízio Melo.
Depois de duas semanas sem avanço nas negociações, o comando de greve foi recebido pelo governador Cid Gomes (PSB) na última quinta-feira (22). Cid prometeu apresentar tabelas de reajuste no prazo de até 30 dias e realizar concurso público para professor em 2012, desde que os professores voltassem às aulas.
Na sexta-feira (23), a categoria mostrou que está dividida e decidiu manter a paralisação, ao contrário do que encaminhou a direção do sindicatio - que defendia a suspensão da greve, diante das novas propostas do governo. "No dia da assembleia havia carros de sons alheios à nossa luta combatendo a direção do sindicato, e não em defesa da categoria. Carros de som atacando partidos e atacando governos para ganhar espaço. Isso traz prejuízos”, avaliou o sindicalista.
Membros do grupo Crítica Radical: a greve é dos professores, mas eles estão interessados mesmo em algo que "transcenda a mera reivindicação salarial"
Nesta quarta-feira (28), durante o terceiro protesto realizado na Assembleia Legislativa somente no mês de setembro a favor dos professores, das mais de 300 pessoas que ocuparam o prédio do legislativo, boa parte estava sob o comando da Crítica Radical, e não do sindicato dos professores. A ex-vereadora de Fortaleza, Rosa da Fonseca, propôs aos manifestantes acampar na Assembleia. E alguns professores iniciaram uma greve de fome.

Parte inferior do formulário
O iG ouviu a ex-prefeita de Fortaleza eleita pelo PT, e integrante do movimento Crítica Radical, Maria Luiza Fontenele. Ela discordou que essa participação cause estragos. Mais do que isso, na visão dela, essa interferência é necessária. “Os instrumentos usados pela luta sindical hoje estão meio esgotados. Você tem que entrar numa perspectiva cada vez mais ampla. Então há que se entender que você tem que ter na perspectiva de luta algo que transcenda a mera reivindicação salarial”, diz ela.
O vereador de Fortaleza, João Alfredo (PSol), disse que “estranhou” a declaração do presidente do sindicato dos professores. "Só falo quando me é dado e a palavra e não digo que a greve deve continuar ou parar. O que pode haver é uma coincidência da posição do PSTU, PSOL e Crítica Radical em relação ao sentimento da categoria”, defendeu.
Para o líder do governo na Assembleia, Antonio Carlos (PT), o apoio desses movimentos é legitimo. Contudo, ele reconhece que em alguns momentos esses “atores externos” podem causar algum ruído na comunicação entre grevistas e governo. “Quando um segmento, que é uma organização, seja partidária ou não, vai para o comando de greve pelo seu peso ideológico e não pelo lastro real que tem na categoria, a representação fica destorcida”.

Estudantes e professores invadem Assembleia do Ceará
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ce/n1597189515661.html
Rede estadual está em greve há 27 dias. Durante invasão, paredes foram pichadas e policial foi agredido
Cerca de 1,5 mil alunos e professores da rede estadual de ensino invadiram a Assembleia Legislativa do Ceará na manhã desta quinta-feira, 1°. Com mais pessoas do que o local tem capacidade para suportar, houve tumulto. Um policial foi agredido, paredes foram pichadas, o batalhão de choque foi acionado e a sessão plenária foi suspensa.
Com faixas, apitos e até uma banda marcial escolar, os manifestantes cobravam dos deputados participação no processo de negociação entre professores e governo do Ceará - a rede estadual de ensino está em greve há 27 dias.
A multidão chegou à Assembleia por volta das 11 horas. Em alguns minutos, corredores, escadas e o hall que dá acesso ao plenário já estavam completamente ocupados. A maioria dos manifestantes era formada por estudantes. Além dos professores, havia também militantes do PSOL, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Com gritos de “alunos na rua, Cid a culpa é sua”, os estudantes se concentraram na entrada do plenário. Houve troca de insultos com os policiais militares que fazem a guarda da Assembleia Legislativa. A agressão verbal passou a física quando um policial foi derrubado e teve seu cassetete tirado das mãos. O batalhão de choque precisou ser chamado para conter a multidão. Os corredores onde ficam os gabinetes dos parlamentares tiveram as paredes pichadas de vermelho com os dizeres “educação já”. Um dos professores, integrante do comando de greve, admitiu que era difícil conter tantos adolescentes.
“Nós não concordamos com nenhuma dilapidação, nenhuma forma de agredir o patrimônio público. Somos professores e estudantes e sabemos que tudo que é público tem que ser preservado”, afirmou o presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízimo Melo. O sindicalista lamentou ainda a força policial que foi acionada diante do protesto. “Discordamos, com muita ênfase, da necessidade da tropa de choque para receber o nosso movimento. Achamos que temos que aprender com a lição que compressão e qualquer tipo de agressão não resolve nada, principalmente na educação”.
O presidente em exercício da Assembleia, deputado Tin Gomes (PSB), argumentou que o batalhão de choque foi chamado para evitar que o plenário fosse invadido. “Nenhuma pessoa que respeite a sala de aula entra em uma sala sem o professor permitir”, comparou. O parlamentar informou ainda que a Casa irá tomar providências para identificar os autores das pichações e agressões.
Negociações
Uma comissão de professores foi recebida pelos deputados e o líder do governo, Antonio Carlos (PT), se comprometeu em agendar uma nova rodada de negociação com o executivo.
A categoria se reuniu pela última vez com o governador Cid Gomes (PSB) no último dia 25 de agosto. Do encontro saiu uma ata que iria ser protocolada no Ministério Público do Trabalho em forma de um termo de ajustamento de conduta (TAC) – tipo de medida extrajudicial para resolução de conflitos.
Os professores, contudo, foram surpreendidos com a greve sendo decretada ilegal pela Justiça à pedido do governo. Isso irritou a categoria, que resolveu manter a paralisação. Do outro lado, Cid Gomes afirmou que só negocia com o fim da greve.

Professor deve trabalhar por amor, não por dinheiro, diz Cid
Governador do Ceará critica professores da rede estadual, em greve há 24 dias, e diz que quem quer dinheiro deve procurar outra atividade.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ce/n1597184673225.html
Daniel Aderaldo, iG Ceará | 29/08/2011 21:07
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), mandou um recado nesta segunda-feira (29) para os professores da rede estadual de ensino em greve há 24 dias - eles querem aumento de salário. Para ele, quem desenvolve atividade pública deve colocar o amor pelo que faz na frente do retorno financeiro. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”, disse o governador.
A afirmação já havia sido atribuída a Cid Gomes por professores que participaram de uma negociação pelo fim da greve. Há uma semana o governador teria dito. “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado".

“ Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública"

A imprensa pediu um “tira-teima” e Cid disse praticamente a mesma coisa, mas de uma forma mais branda.
“Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público”, declarou. "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública”, completou.
O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) diz que o governo do Ceará não cumpre a Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. A categoria quer a aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CID,CIRO E A EDUCAÇÃO PÚBLICA. MESMA ATITUDE: DESRESPEITO, DESCASO E DEBOCHE.

Olá nobres colegas, saudações. Mesmo afastado por problemas de saúde estou procurando acompanhar o movimento e participando como posso. Este site é um importante recurso para manternos informados, debatermos a acompanharmos os acontecimentos. Vejam com atenção este vídeo feito no Crato. Nele o ex-governador Ciro Gomes, irmão do atual governador Cid, dá sua opinião sobre o movimento e comenta as ações do governo. Concorda com tudo e ainda afirma que o irmão atendeu 100% das reinvidicações. Observem também a forma debochada como trata da questão.
Henrique Gomes de Lima
    

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

GOVERNADOR CID GOMES, O DESTRUIDOR DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DO CEARÁ

Para os desavisados, dizer que o governador CID GOMES é um destruidor da educação pública pode parecer agressivo e desrespeitoso. Para o senso comum, ver todos os dias o governador na TV falando dos seus feitos transparece a imagem de homem preocupado com a população. Mas, como disse PARECE, TRANSPARECE. 

Este senhor está conseguindo fazer algo que parecia impossível: piorar o que já estava ruim. É isso mesmo, CID GOMES com suas ações arrogantes e de completo descaso está transformando a já sacrificada profissão de professor em algo pequeno, insignificante, messiânica e sem perspectivas. Podemos comprovar tudo isso ao analizarmos sua postura, suas falas e ações ante ao movimento de paralização, ora vigente. Segundo esta criatura,  por ele NEM CARREIRA DEVERIA EXISTIR PARA PROFESSORES. Só para terem uma idéia, pela proposta do governo, o incentivo salarial para um professor fazer especialização é menor que a auxílio do Bolsa Família do governo federal.
Cearenses, não de deixem enganar pelo canto de sereia do governador. Quem massacra professores não é digno de confiança nem respeito.     
Henrique Gomes - Professor    

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A VIDA QUE SEGUE NA EDUCAÇÃO

Nessas alturas não adianta lamentar possíveis erros do sindicato, o maior erro do sindicato foi o de confiar num governo que trata professor como simples servidor que não deve ser valorizado de forma nenhuma. Esse processo se revelou quando da ADIM junto ao supremo pelo sr. Governador, alí já se demonstrava o que o estado pensava sobre educação pública, nada de melhoria, só amor pelo trabalho. Num segundo plano deixa o sindicato esperando uma proposta trágica já esperada por todos que foi o plano que acabava com qualquer possibilidade de melhoria ou ascensão na carreira. E, quando da greve persistindo chamava para negociações que não despertava confiança na categoria. E para finalizar entra com processo de ilegalidade, acatado prontamente pelos desembargadores que são subservientes após nomeação dos governos passados e presente. Enfim, a vida segue com a greve indo até as últimas consequências, talvez ajustando o calendário do estado ao da prefeitura com uns 100 dias de atraso. Com certeza muitos sairão prejudicados, principalmente os alunos, mas, eles já vêm se prejudicando ao longo dos anos, pois governos como esse que trata educadores dessa forma não tem compromisso com a população mais pobre que é a mais atendida pela educação pública e que mais precisa dela, não para se alimentar como disse um desenbargador em seu frágil argumento, pois o alimento mais importante do homem é a dignidade e o conhecimento que uma educação de qualidade se constrói. Valores que ficam para a vida toda e que produz homens aptos a enfrentar uma sociedade tão injusta e desigual como essa vivida no estado do Ceará.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SOCIEDADE CEARENSE DÁ UM RECADO AO GOVERNADOR CID.

Todos sabem que desde a era TASSO foi instalada no Ceará  a caça aos servidores públicos e principalmente à educação pública e seus profissionais. Ciro cometeu atrocidades e Lúcio Alcantara não ficou atrás. Mas, por incrível que pareça o governador CID GOMES está conseguindo superar em DESCASO, DESRESPEITO, CRUELDADE E ARROGÂNCIA seus antecessores. Este movimento de paralização, está resistindo bravamente aos ataques do governo e da própria justiça, aliada ao governo neste abuso a educação pública do Estado do Ceará. Não sabemos como vai terminar. Mas, uma coisa já é certa: conseguimos desmascarar o comportamento midiático e faraônico  do Sr. Cid. Nunca houve tanto apoio da sociedade a uma paralização de professores. As pessoas não estão se deixando mais enganar. Sabem que a culpa é do governo e alunos e professores são vítimas. Incomodamos CID GOMES e isso já é uma grande vitória.    

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aulão que não houve

Tivemos no deia de hoje um ato co início e fim na Praça do Ferreira. O fim foi mais cedo do que o planejado, mas foi motivado por um ato mal calculado.

Algumas perguntas precisam de esclarecimentos:

Por que o sindicato nos tirou do lugar onde estava a imprensa e nos colocou para andar?
Por que o sindicato ampliou o percurso da caminhada em muitos quarteirões?
Por que o sindicato nos chamou para ir aos correios? (mais uma vez, sair de perto da emissoras de tevê)
Por que o sindicato não deixou, ou melhor não ajudou para o aulão ocorrer de fato?

Não tenho respostas, mas o resultado final foi: andamos e mostramos nossa luta para pessoas que já tinhamos mostrado, não aproveitamos a presença da imprensa na Praça do Ferreira, não cumprimos com o aulão combinado para os alunos, não aguentamos caminhar quase uma hora e meia num sol escaldante da manhã de hoje e que minou o ânimo de muitos colegas. E finalmente, por causa do cansaço causado pla caminhada, por causa do calor causado pela caminhada e por caua de mais uma caminhada aos correios, nosso ato que era pra ter durado o dia todo com ocupação da praça, acabou antes do meio-dia.

 O que ficou colegas? Duas certezas: o sindicato diz pra todo mundo que tem coragem para lutar, então falta é interesse mesmo; os alunos dão um brilho a mais nos nossos atos.




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Comentários do professore Airton de Farias

Comentários do Prof. Airton de Farias

Parabéns ao jovem e talentoso Erico Firmo por sua coluna no O Povo de 3/8/11. Isso que é jornalismo: ouvir os vários lados de um episódio. O jornalista "gastou" toda sua coluna falando da educação pública, valorizando um tema tão esquecido e incompreendido não raraz vezes. Baseado na coluna, iremos fazer agora um contraponto ao que foi dito pela secretária de educação Izolda Cela. A decisão do STF é sim, obrigatória para os estados que promoveram a ação no STF, como o Ceará. Os demais estados é que não são vinculados. Assim, o Ceará tem de cumprir a Lei do Piso e o 1/3 dos professores para planejamento. Dizer que o Estado nao tem tempo chega a ser hilário, pois a decisão do STF foi de abril. A Secretária Izolda ler jornais? O que temos é um governo descumprindo a mais alta corte do Judiciário brasileiro, numa afronta ao Estado democrático de Direito.
A secretária diz que há limitações orçamentarias. Ora, o governo Federal disponibiliza dinheiro para pagar o piso dos professores nos estados. O que os estados têm de fazer é provar que não possuem recursos, abrindo suas contas. Aí que está o problema.
Se abertas as contas, ficaria provado que os Estados têm recursos para pagar o piso e que constantemente desviam dinheiro da educação para outros fins.
Então, o govenador Cid Gomes e a secretária Izolda têm o dever moral de abrir as contas da educação cearense para mostrar se há ou não recursos.

A secretária Izolda diz que o atual Plano de Cargos e Carreira dos professores usa como critério para a ascensão funcional a apenas a titulação. Não é verdade. A ascensão também é por tempo trabalho.

O professor pode ser submetido a qualquer fiscalização a qualquer momento, caso falte, etc. Se o governo não faz essa fiscalização, aí é outra questão.

Izolda fala de "meritocracia" como instrumento de ascensão usada em Estados como Rio Grande do Sul e São Paulo. Lá foi um fiasco. Aqui também será.

Não que os professpres temam ser avaliados. No fundo, a tal "meritocracia" só serviu para fisiologismo e achatamento salarial.

Os apadrinhados pelas direções das escolas eram privilegiados e os governos estipulavam metas absurdas para não aumentar o salário dos professores.

O que é "mérito"? Para muita gente, são números. Ora, as escolas criam números artificiais. Todos os alunos passam de ano, mas o aprendizado... Temos alunos do 3 ano do ensino médio, acreditem senhores, que NÃO SABEM LER NEM SOMAR! Isso é um absurdo!!!!

Não se pode analisar educação apenas por números. Isso qualquer calouro de pedagogia sabe. a Professora Izolda "esqueceu" essa lição dos tempos de faculdade...

A secetária diz que os professores terão ganhos no futuro. Desafio a secretária Izolda a mostrar um único ganho.
A proposta do governo desmotiva ainda mais uma categoria já demotivada, alvo de escolas sem estrutura, salas superlotadas e com violência.

Izolda diz valorizar os professores em começo de carreira e os temporarios. Qual valorização terão os primeiros, se sua carreira está destruída em termos de ascensão funcional? Ao desprezar a qualificação futura dos professores e pelas palavras da secretaria, o governo entende que o "bom" professor é aquele que nao falta e fica em sala "pastorando" os alunos.

Quanto aos professores temporários, estes são explorados e humilhados pelo governo. Passam meses sem receber salários e são coagidos pela SEDUC constantemente, num verdadeiro clima de terror. Aliás, o Servidor público temporário está "quebrando" a previdência estadual, ante o silêncio da opinião pública. Daí os rombos constantes, como o próprio governo alerta pela imprensa.

Nao tenham dúvidas, senhores, que se aprovada a "proposta" do governo Cid, a educação cearense mergulhará no caos.

Atenciosamente
Airton de Farias
Professor e Historiador

Comentários do professore Airton de Farias

Comentários do Prof. Airton de Farias

Parabéns ao jovem e talentoso Erico Firmo por sua coluna no O Povo de 3/8/11. Isso que é jornalismo: ouvir os vários lados de um episódio. O jornalista "gastou" toda sua coluna falando da educação pública, valorizando um tema tão esquecido e incompreendido não raraz vezes. Baseado na coluna, iremos fazer agora um contraponto ao que foi dito pela secretária de educação Izolda Cela. A decisão do STF é sim, obrigatória para os estados que promoveram a ação no STF, como o Ceará. Os demais estados é que não são vinculados. Assim, o Ceará tem de cumprir a Lei do Piso e o 1/3 dos professores para planejamento. Dizer que o Estado nao tem tempo chega a ser hilário, pois a decisão do STF foi de abril. A Secretária Izolda ler jornais? O que temos é um governo descumprindo a mais alta corte do Judiciário brasileiro, numa afronta ao Estado democrático de Direito.
A secretária diz que há limitações orçamentarias. Ora, o governo Federal disponibiliza dinheiro para pagar o piso dos professores nos estados. O que os estados têm de fazer é provar que não possuem recursos, abrindo suas contas. Aí que está o problema.
Se abertas as contas, ficaria provado que os Estados têm recursos para pagar o piso e que constantemente desviam dinheiro da educação para outros fins.
Então, o govenador Cid Gomes e a secretária Izolda têm o dever moral de abrir as contas da educação cearense para mostrar se há ou não recursos.

A secretária Izolda diz que o atual Plano de Cargos e Carreira dos professores usa como critério para a ascensão funcional a apenas a titulação. Não é verdade. A ascensão também é por tempo trabalho.

O professor pode ser submetido a qualquer fiscalização a qualquer momento, caso falte, etc. Se o governo não faz essa fiscalização, aí é outra questão.

Izolda fala de "meritocracia" como instrumento de ascensão usada em Estados como Rio Grande do Sul e São Paulo. Lá foi um fiasco. Aqui também será.

Não que os professpres temam ser avaliados. No fundo, a tal "meritocracia" só serviu para fisiologismo e achatamento salarial.

Os apadrinhados pelas direções das escolas eram privilegiados e os governos estipulavam metas absurdas para não aumentar o salário dos professores.

O que é "mérito"? Para muita gente, são números. Ora, as escolas criam números artificiais. Todos os alunos passam de ano, mas o aprendizado... Temos alunos do 3 ano do ensino médio, acreditem senhores, que NÃO SABEM LER NEM SOMAR! Isso é um absurdo!!!!

Não se pode analisar educação apenas por números. Isso qualquer calouro de pedagogia sabe. a Professora Izolda "esqueceu" essa lição dos tempos de faculdade...

A secetária diz que os professores terão ganhos no futuro. Desafio a secretária Izolda a mostrar um único ganho.
A proposta do governo desmotiva ainda mais uma categoria já demotivada, alvo de escolas sem estrutura, salas superlotadas e com violência.

Izolda diz valorizar os professores em começo de carreira e os temporarios. Qual valorização terão os primeiros, se sua carreira está destruída em termos de ascensão funcional? Ao desprezar a qualificação futura dos professores e pelas palavras da secretaria, o governo entende que o "bom" professor é aquele que nao falta e fica em sala "pastorando" os alunos.

Quanto aos professores temporários, estes são explorados e humilhados pelo governo. Passam meses sem receber salários e são coagidos pela SEDUC constantemente, num verdadeiro clima de terror. Aliás, o Servidor público temporário está "quebrando" a previdência estadual, ante o silêncio da opinião pública. Daí os rombos constantes, como o próprio governo alerta pela imprensa.

Nao tenham dúvidas, senhores, que se aprovada a "proposta" do governo Cid, a educação cearense mergulhará no caos.

Atenciosamente
Airton de Farias
Professor e Historiador

Comentários do Prof. Airton de Farias

Parabéns ao jovem e talentoso Erico Firmo por sua coluna no O Povo de 3/8/11. Isso que é jornalismo: ouvir os vários lados de um episódio. O jornalista "gastou" toda sua coluna falando da educação pública, valorizando um tema tão esquecido e incompreendido não raraz vezes. Baseado na coluna, iremos fazer agora um contraponto ao que foi dito pela secretária de educação Izolda Cela. A decisão do STF é sim, obrigatória para os estados que promoveram a ação no STF, como o Ceará. Os demais estados é que não são vinculados. Assim, o Ceará tem de cumprir a Lei do Piso e o 1/3 dos professores para planejamento. Dizer que o Estado nao tem tempo chega a ser hilário, pois a decisão do STF foi de abril. A Secretária Izolda ler jornais? O que temos é um governo descumprindo a mais alta corte do Judiciário brasileiro, numa afronta ao Estado democrático de Direito.
A secretária diz que há limitações orçamentarias. Ora, o governo Federal disponibiliza dinheiro para pagar o piso dos professores nos estados. O que os estados têm de fazer é provar que não possuem recursos, abrindo suas contas. Aí que está o problema.
Se abertas as contas, ficaria provado que os Estados têm recursos para pagar o piso e que constantemente desviam dinheiro da educação para outros fins.
Então, o govenador Cid Gomes e a secretária Izolda têm o dever moral de abrir as contas da educação cearense para mostrar se há ou não recursos.

A secretária Izolda diz que o atual Plano de Cargos e Carreira dos professores usa como critério para a ascensão funcional a apenas a titulação. Não é verdade. A ascensão também é por tempo trabalho.

O professor pode ser submetido a qualquer fiscalização a qualquer momento, caso falte, etc. Se o governo não faz essa fiscalização, aí é outra questão.

Izolda fala de "meritocracia" como instrumento de ascensão usada em Estados como Rio Grande do Sul e São Paulo. Lá foi um fiasco. Aqui também será.

Não que os professpres temam ser avaliados. No fundo, a tal "meritocracia" só serviu para fisiologismo e achatamento salarial.

Os apadrinhados pelas direções das escolas eram privilegiados e os governos estipulavam metas absurdas para não aumentar o salário dos professores.

O que é "mérito"? Para muita gente, são números. Ora, as escolas criam números artificiais. Todos os alunos passam de ano, mas o aprendizado... Temos alunos do 3 ano do ensino médio, acreditem senhores, que NÃO SABEM LER NEM SOMAR! Isso é um absurdo!!!!

Não se pode analisar educação apenas por números. Isso qualquer calouro de pedagogia sabe. a Professora Izolda "esqueceu" essa lição dos tempos de faculdade...

A secetária diz que os professores terão ganhos no futuro. Desafio a secretária Izolda a mostrar um único ganho.
A proposta do governo desmotiva ainda mais uma categoria já demotivada, alvo de escolas sem estrutura, salas superlotadas e com violência.

Izolda diz valorizar os professores em começo de carreira e os temporarios. Qual valorização terão os primeiros, se sua carreira está destruída em termos de ascensão funcional? Ao desprezar a qualificação futura dos professores e pelas palavras da secretaria, o governo entende que o "bom" professor é aquele que nao falta e fica em sala "pastorando" os alunos.

Quanto aos professores temporários, estes são explorados e humilhados pelo governo. Passam meses sem receber salários e são coagidos pela SEDUC constantemente, num verdadeiro clima de terror. Aliás, o Servidor público temporário está "quebrando" a previdência estadual, ante o silêncio da opinião pública. Daí os rombos constantes, como o próprio governo alerta pela imprensa.

Nao tenham dúvidas, senhores, que se aprovada a "proposta" do governo Cid, a educação cearense mergulhará no caos.

Atenciosamente
Airton de Farias
Professor e Historiador

sexta-feira, 29 de julho de 2011

ANALISEM A PROPOSTA DO GOVERNO DO CEARÁ

Professores: proposta do Governo prevê elevação de até 60%
( Esta manchete também foi publicada nos jornais locais. Quem não conhece a realidade, pode até pensar: O Cid é um santo!)

O governador Cid Gomes se reuniu na noite desta quinta-feira (28) com representantes dos professores para apresentar uma proposta para a categoria. A proposta feita em conjunto pela Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Secretaria da Educação (Seduc) e Secretaria da Fazenda (Sefaz) eleva em 45% a remuneração (base+regência) do professor em início de carreira com nível superior, em relação a 2010. Ou seja, aumenta de R$ 1.461,50 para R$ 2.000,00. Já para os professores temporários, a nova proposta combinada à lei que recentemente equiparou a remuneração ao nível 13, representará um incremento de até 60%.
Com a medida o Estado beneficia 15 mil professores concursados e temporários. O Ceará, portanto, salta de 23º para 15º maior salário entre os Estados do Brasil. A lei será enviada à Assembléia já na semana que vem, quando iniciam os trabalhos legislativos.
"A proposta do Estado melhora significativamente os salários de quem está no início de carreira e deixa os professores temporários também equiparados. Isso também dá condições, para os que estão há mais tempo, de terem mais perspectivas com relação às remunerações futuras", disse o Governador.

Coordenaria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil ( comunicacao@casacivil.ce.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. - 85 3466.4898)/28.07.2011
FONTE:www.ceara.gov.br/component/content/article/3889/3889

" Esta última fala é impresionante: - Isso também dá condições, para os que estão há mais tempo, de terem mais perspectivas com relação às remunerações futuras.
O QUE SIGNIFICA ISSO?
... terem mais perspectivas! Isso é piada? Não, é desrespeito mesmo. 
... futuras remunerações... - Que futuro é esse? Quando é este futuro?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PROFESSORES DO CEARÁ RECBEM O 5º PIOR SALÁRIO DO BRASIL

Leiam esta notícia publicada no Jornal O Povo e no Diário do Nordeste
É uma triste realidade. Deveria causar indgnação e repulsa de toda a sociedade.

Categoria está em estado de greve desde o último dia 30. Para pressionar, educadores fazem vigília sexta-feira
O Ceará está ocupando a 23ª posição no ranking das remunerações pagas aos professores estaduais, tendo assim o quinto pior salário do País recebido pelo magistrados licenciados, com jornada de 40 horas-aula semanais e em início de carreira. O Estado está à frente apenas da Paraíba, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Enquanto um servidor de Roraima ganha R$ 4.047,49 - a maior remuneração do País - no Ceará o valor cai bastante, sobrando apenas R$ 1.461,51 na folha de pagamento no fim do mês. Uma diferença de R$ 2.585. A hora aula no Estado é R$ 7,31, três vezes menor que os R$ 20,24 pagos em Roraima.

Estes e outros dados foram divulgados ontem por um estudo feito pelo Sindicato dos Professores no Estado do Ceará (Apeoc). A categoria está em estado de greve desde o último dia 30 e promete fazer uma vigília, na próxima sexta-feira, no Palácio do Governo, durante apresentação de proposta salarial em rodada de negociação com o governador Cid Gomes.

"A regularidade ou não das aulas do segundo semestre está nas mãos de Cid Gomes", diz o presidente da Apeoc, Anísio Melo. Uma nova assembleia geral da categoria está marcada para o próximo dia 1º de agosto.

Para Melo, a desvalorização tem sido constante. O professor, segundo ele, chegou a ganhar dez salários mínimos nos anos 1980, hoje recebe 2,68 salários. Conforme o estudo, o Maranhão, 3º no ranking geral e 1º do Nordeste, paga R$ 3.263,38, mais de cinco salários mínimos.

"Queremos a aplicação do piso nacional e implicação dele na carreira. O Estado tem como pagar melhor, tem que rever esta precarização salarial. É uma grande vergonha", cita o vice-presidente Reginaldo Pinheiro. Ele destaca também a redução nas aplicações gerais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Os investimentos do Fundeb só têm caído. Em 2009 o Ceará aplicou 64% do total disponível para pagamento dos magistrados. Em 2010 ficou só em 62%", ressalta.

Sobre estes resultados, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) informa que só irá se pronunciar após recebimento e análise dos dados. Ressalta, ainda, que já vem oferecendo benefícios, entre eles: implantação da aposentadoria, progressão horizontal, equiparação salarial entre professor efetivos e temporários, antecipação do pagamento de 50% do 13º, apresentação de proposta de lei para financiamento de um computador para cada educador e estudo das propostas de Cargos, Carreiras e Remunerações.

Esperamos que o sindicado Apeoc, realmente convoque a categoria para uma grande paralização. Esperamos que o governador mostre dignidade e espírito público. Educadores merecem respeito e não esmolas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

PROFESSORA RECUSA PREMIAÇÃO

É difícil resistir aos holofotes, a fama. Parabéns a professora por atitude tão digna.
Leia, por gentileza.


Nesta segunda,o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio. Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra. Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem "amigas da escola".
Amanda
Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel