quinta-feira, 16 de junho de 2011

GOVERNO, IMPRENSA E JUSTIÇA - TODOS CONTRA A EDUCAÇÃO

PROFESSORES: Precisamos defendê-los, amá-los e respeitá-los.

A situação é gravíssima.
Não é possível que concordemos com as atitudes dos governos
ante ao movimento dos professores.
Não é possível que aceitemos, concordemos e divulguemos a ideologia do
governo, da imprensa e do judiciário, literalmente comprados ou cooptados, 
que colocam os professores como algozes e causadores de todas as mazelas da sociedade.
Gente, o que é isso pelo amor de Deus?

Quem realmente é professor ou professora, ama que faz, se emociona com o trabalho e quer construir e ver um mundo melhor, fica indignado, triste, arrasado, revoltado com essa campanha de defamação.
NÃO PODEMOS CONCORDAR COM ISSO.

Nos responsabilizar pela fome das crianças,
pelos problemas familiares, por crianças na rua,
e ainda como se não bastasse, há quem diga que estamos
igual a Ditadura - não deixamos o parlamento trabalhar!
Ou que estamos reclamando de barriga cheia.

É absurdo, impensável, inimaginável concordar e aceitar uma situação dessas.
Orientar, esclacer e educar politicamente a população é nossa missão.
Temos que fazer isso com competancia.

Segue um texto escrito pelo colega Airton de Farias em resposta aos absurdos ditos pelo pseudojornalista Fábio Campos em sua coluna no Jornal OPOVO. - O jornal publicou? - O que vocês acham?
Por gentileza leiam. - É esclarecedor.

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Em resposta à Coluna de Fábio Campos - "Miséria da Greve", no O Povo de 9 de junho de 2011.

A Miséria do Jornalismo

Como nunca antes na História deste País, toda vez que alguma coisa beneficia os mais pobres, é chamada de populismo. Existe populismo de direita, que agrada ao patronato e aos governantes? Sim, há. É o q faz o senhor Fábio Campos no O Povo de 9 de junho de 2011.
O amigo Fábio Campos diz que as "criancinhas" estão passando fome devido a greve dos professores. Populismo barato, senhor Campos. E quando não há greve, por que milhares de cearenses passam fome ou se alimentam mal?
Passam fome, Fábio Campos, porque o modelo econômico atual, o de Cid, que igual ao de Lúcio, que é igual ao de Ciro, que é igual ao de Tasso, é concentrador de renda, beneficia os mais ricos em detrimento dos pobres. Será que esse modelo é discutido pelos meios de comunicação com ênfase? Não, nao é. Não é bom irritar os donos do poder no Ceará.
Diz Fábio Campos que as crianças fora da escola geram problemas para as famílias. De forma emotiva, fala até de criancinhas remexendo lixo nas ruas. Quase fui às lágrimas nesse ponto. Poxa, Fábio Campos, você finalmente percebeu que há crianças nas ruas, comendo lixo, porque os professores estão em greve? Malditos sejam estes professores!
Percebe-se claramente que Fábio Campos desconhece por completo a realidade da escola pública. Fala do que não entende. Diz Fábio Campos que a maioria dos professores ganha o piso. Caro jornalista, procure se enteirar sobre a lei do Piso. A Lei do Piso não trata só de salário, não, meu caro- tem um bocado de coisa, que NENHUM governante do Ceará está cumprindo. Camarada Fábio, procure na internet a Lei do Piso. Há uma decisão do STF mandando cumpri-la. Cid e Luizianne não estão - ao contrário, enganam a opinião pública, pois estão alterando os Planos de Cargos e Carreira para burlar a referida Lei. Se há alguém cometendo ilegalidade aqui são os governantes, caro Fábio, não os professores.
O companheiro Fábio Campos diz ainda que os sindicatos não são legítimos, pois apenas alguns professores participam das assembleias e da greve em nome da categoria. Os professores, Fábio Campos, elegem os sindicalistas para representá-los. É a mesma coisa de um deputado ou um vereador. Na sua lógica, o Poder Legislativo seria ilegítimo também. Não é preciso, Fábio Campos, que toda a população esteja presente quando da votação de uma lei - os deputados não "representam o povo"? Um povo que cada vez mais se queda desamparado diante um Estado que não cumpre suas funções sociais e é usado para beneficiar grupelhos de empresários.

 Atenciosamente
Airton de Farias
Professor e Historiador

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